Radiação de comprimento de onda 2000 Å incide sobre uma superfície de alumínio. Para o alumínio, são
necessários 4,2 eV para remover um elétron. Qual é a energia cinética do fotoelétron emitido
a) Mais rápido;
b) Mais lento;
c) Qual é o potencial de corte?
d) Qual é o comprimento de onda limite para o alumínio?
e) Se a intensidade da luz incidente é 2,0 W/m
2, qual é o número médio de fótons por unidade de
tempo e por unidade de área que atinge a superfície?
f) Se a intensidade da luz incidente é dobrada, qual será o valor da energia máxima dos elétrons
removidos?
Dados: velocidade da luz,
c = 2,998.10
8 m/s,
constante de Planck,
h = 6,626.10
−34 J.s, e 1 eV = 1,602.10
−19 J.
Dado do problema:
- Função trabalho do alumínio: ϕ = 4,2 eV;
- Comprimento de onda da radiação incidente: λ = 2000 Å;
- Intensidade da luz incidente: I= 2,0 W/m2;
- Velocidade da luz: c = 2,998.108 m/s;
- Constante de Planck: h = 6,626.10−34 J.s;
- Elétron-volt: 1 eV = 1,602.10−19 J.
Solução
Em primeiro lugar vamos converter o comprimento de onda dado em angstrons (Å) para metros (m) e a
função trabalho dada em elétron-volts (eV) para joules (J) usados no
Sistema Internacional (
S.I.)
\[
\begin{gather}
\lambda=2000\;\cancel{\mathrm{\mathring{A}}}.\frac{1.10^{-10}\;\text{m}}{1\;\cancel{\mathrm{\mathring{A}}}}=2.10^{3}.10^{-10}\;\text{m}=2,0.10^{-7}\;\text{m}\\[10pt]
\phi=4,2\;\cancel{\text{eV}}.\frac{1,602.10^{-19}\;\text{J}}{1\;\cancel{\text{eV}}}=6,7.10^{-19}\;\text{J}
\end{gather}
\]
a) A energia cinética (
K) com que um fotoelétron é emitido é dada por
\[
\begin{gather}
\bbox[#99CCFF,10px]
{K=h \nu-\phi} \tag{I}
\end{gather}
\]
A relação entre a frequência e o comprimento de onda é dada por
\[
\begin{gather}
\bbox[#99CCFF,10px]
{c=\lambda\nu}
\end{gather}
\]
\[
\begin{gather}
\nu=\frac{c}{\lambda} \tag{II}
\end{gather}
\]
substituindo a relação (II) na equação (I)
\[
\begin{gather}
K_{max}=h\frac{c}{\lambda}-\phi \tag{III}
\end{gather}
\]
substituindo os dados do problema, a energia cinética do elétron mais rápido será
\[
\begin{gather}
K_{max}=6,626.10^{-34}.\frac{2,998.10^{8}}{2,0.10^{-7}}-6,7.10^{-19}\\[5pt]
K_{max}=9,9.10^{-19}-6,7.10^{-19}\\[5pt]K_{max}=3,2.10^{-19}\;\text{J}
\end{gather}
\]
convertendo esta energia para elétron-volts
\[
\begin{gather}
K_{max}=3,2.10^{-19}\;\cancel{\text{J}}.\frac{1\;\text{eV}}{1,602.10^{-19}\;\cancel{\text{J}}}=2,0\;\text{eV}
\end{gather}
\]
\[
\begin{gather}
\bbox[#FFCCCC,10px]
{K_{max}=2,0\;\text{eV}}
\end{gather}
\]
b) Os elétrons são removidos com uma distribuição de energias que vão de zero até a energia máxima
(
Kmax), a energia cinética do elétron mais lento será
\[
\begin{gather}
\bbox[#FFCCCC,10px]
{K_{max}=0}
\end{gather}
\]
c) A energia cinética máxima em função da carga do elétron (
e) e da diferença de potencial
(
V0) a que os elétrons estão submetidos
\[
\begin{gather}
\bbox[#99CCFF,10px]
{K_{max}=eV_{0}}
\end{gather}
\]
\[
\begin{gather}
V_{0}=\frac{K_{max}}{e}\\[5pt]
V_{0}=\frac{2,0}{1}
\end{gather}
\]
\[
\begin{gather}
\bbox[#FFCCCC,10px]
{V_{0}=2,0\;\text{V}}
\end{gather}
\]
d) O comprimento de onda de corte ocorre quando a energia cinética é igual à zero (
K = 0), usando a
equação (III)
\[
\begin{gather}
K=h\frac{c}{\lambda}-\phi\\[5pt]
0=6,62.10^{-34}.\frac{2,998.10^{8}}{\lambda}-6,7.10^{-19}\\[5pt]
\frac{1,4.10^{-24}}{\lambda}=6,7.10^{-19}\\[5pt]
\lambda=\frac{1,4.10^{-24}}{6,7.10^{-19}}\\[5pt]
\lambda=2,957.10^{-7}\;\text{m}
\end{gather}
\]
convertendo este comprimento de onda para angstrons
\[
\begin{gather}
\lambda=2,957.10^{-7}\;\cancel{\text{m}}.\frac{1\;\mathrm{\mathring{A}}}{1.10^{-10}\;\cancel{\text{m}}}=2,957.10^{-7}.1.10^{10}\;\mathrm{\mathring{A}}=2957\;\mathrm{\mathring{A}}
\end{gather}
\]
\[
\begin{gather}
\bbox[#FFCCCC,10px]
{\lambda=2957\;\mathrm{\mathring{A}}}
\end{gather}
\]
e) A energia de um fóton é dada por
\[
\begin{gather}
\bbox[#99CCFF,10px]
{E=h \nu} \tag{IV}
\end{gather}
\]
substituindo a relação (II) na equação (IV)
\[
\begin{gather}
E=h\frac{c}{\lambda}\\[5pt]
E=6,62.10^{-34}.\frac{2,998.10^{8}}{2.10^{-7}}\\[5pt]
E\approx1,0.10^{-18}\;\frac{\text{J}}{\text{fóton}}
\end{gather}
\]
A intensidade (
I) da luz incidente é dada pela potência
(
\(\mathscr{P}\))
por unidade de área (
A)
\[
\begin{gather}
\bbox[#99CCFF,10px]
{I=\frac{\mathscr{P}}{A}} \tag{V}
\end{gather}
\]
A potência (
\( \mathscr{P} \)) é dada pela energia (
E) por unidade de tempo
(Δ
t)
\[
\begin{gather}
\bbox[#99CCFF,10px]
{\mathscr{P}=\frac{E}{\Delta t}} \tag{VI}
\end{gather}
\]
substituindo a equação (VI) na equação (V)
\[
\begin{gather}
I=\frac{E}{\Delta t A}
\end{gather}
\]
O número de fótons (
n) é obtido dividindo a intensidade da luz pela energia do fóton
\[
\begin{gather}
n=\frac{I}{E}\\[5pt]
n=\frac{2,0\;\frac{\cancel{\text{J}}}{\text{s.m}^{2}}}{1,0.10^{-18}\;\frac{\;\cancel{\text{J}}}{\text{fótons}}}
\end{gather}
\]
\[
\begin{gather}
\bbox[#FFCCCC,10px]
{n=2,0.10^{18}\;\frac{\text{fótons}}{\text{s.m}^{2}}}
\end{gather}
\]
f) A energia máxima dos elétrons permanecerá mesma, a energia depende da frequência da luz incidente
(equação IV), e não da intensidade.