O gráfico representa a variação das forças F1 e Fat
(força de atrito) que atuam em um corpo que se desloca sobre o eixo Ox. Calcular:
a) O trabalho da força F1 para arrastar o corpo nos primeiros 10 m;
b) O trabalho da força de atrito enquanto o corpo é arrastado nos primeiros 10 m;
c) O trabalho da força resultante para arrastar o corpo nos primeiros 15 m.
Solução
a) O trabalho da força
F1 será numericamente igual à área do trapézio sob a reta que representa
esta força (em azul) e o eixo Ox entre 0 e 10 m, marcada em cinza na Figura 1. A área do trapézio é dada por
\[
\begin{gather}
\bbox[#99CCFF,10px]
{A=\frac{(B+b)h}{2}}
\end{gather}
\]
onde temos a base maior
B = 60, base menor
b = 20 e altura
h = 10
\[
\begin{gather}
W\overset{\text{N}}{=}A=\frac{(60+20).10}{2}
\end{gather}
\]
\[
\begin{gather}
\bbox[#FFCCCC,10px]
{W=400\;\text{J}}
\end{gather}
\]
b) O trabalho da força de atrito
Fat será numericamente igual à área do triângulo sob o eixo
Ox e limitado pela reta que representa a força de atrito (em vermelho) entre 0 e 10 m, como mostrado no
desenho da figura 2 abaixo. A área do triângulo (em cinza) será
\[
\begin{gather}
\bbox[#99CCFF,10px]
{A=\frac{Bh}{2}}
\end{gather}
\]
onde temos a base do triângulo
B = 10 e altura
h = -20
\[
\begin{gather}
W\overset{\text{N}}{=}A=\frac{10.(-20)}{2}
\end{gather}
\]
\[
\begin{gather}
\bbox[#FFCCCC,10px]
{W=-100\;\text{J}}
\end{gather}
\]
c) O trabalho da força resultante
R será dado pela soma das áreas que representam o trabalho da força
F1 acima do eixo Ox (área 1 na Figura 3) e da força de atrito
Fat abaixo do eixo
Ox (áreas 2 e 3 na Figura 3) entre 0 e 15 m.
Para o cálculo da área acima do eixo
Ox precisamos saber o valor da força
F1 em 15 m, para
isso vamos determinar a equação da reta que representa a força
F1. A equação da reta é
\[
\begin{gather}
F(x)=ax+b
\end{gather}
\]
Para determinar os coeficientes
a e
b vemos do gráfico que a reta deve passar pelos pontos
\( (x_{1},F_{1})=(0,20) \)
e
\( (x_{2},F_{2})=(10,60) \),
substituindo esses valores na equação da reta acima, teremos o seguinte sistema
\[
\left\{
\begin{matrix}
\;20=a.0+b\\
\;60=a.10+b
\end{matrix}
\right.
\]
este é um sistema de duas equações a duas incógnitas, os coeficientes a
e
b, da primeira equação temos
que
b = 20, substituindo esse valor na segunda equação
\[
\begin{gather}
10a+20=60\\[5pt]
10a=60-20\\[5pt]
a=\frac{40}{10}\\[5pt]
a=4
\end{gather}
\]
substituindo os valores de
a e
b na equação da reta, a força será dada pela expressão
\[
\begin{gather}
F(x)=4x+20
\end{gather}
\]
para
x = 15 m a força será igual a
\[
\begin{gather}
F(15)=4.15+20\\[5pt]
F(15)=60+20\\[5pt]
F(15)=80\;\text{N}
\end{gather}
\]
Então o trabalho da força
F1 entre 0 e 15 m será numericamente igual à área (1) do trapézio em
cinza-claro, onde base maior
B = 60, base menor
b = 20 e altura
h = 15
\[
\begin{gather}
W_{1}\overset{\text{N}}{=}A=\frac{(60+20).15}{2}\\[5pt]
W_{1}=750\;\text{J}
\end{gather}
\]
O trabalho da força de atrito pode ser calculado em duas partes, primeiro pela área do triângulo entre 0 e 10 m
(área (2) na Figura 3 acima em cinza-escuro) já calculado no item (b) e igual a
W2 = −100 J.
A segunda parte deve ser calculada pela área (3) do triângulo entre 10 m e 15 m, para essa área temos base do
triângulo
b = 5 e altura
h = 20
\[
\begin{gather}
W_{3}\overset{\text{N}}{=}A=\frac{5.(-20)}{2}\\[5pt]
W_{3}=-50\;\text{J}
\end{gather}
\]
Finalmente o trabalho da força resultante,
R, será dado pela soma das três partes calculadas
\[
\begin{gather}
W_{R}=W_{1}+W_{2}+W_{3}\\[5pt]
W_{R}=750+(-100)+(-50)
\end{gather}
\]
\[ \bbox[#FFCCCC,10px]
{W_{R}=600\;\text{J}}
\]