Exercício Resolvido de Energia, Trabalho e Potência
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Um corpo de massa M está ligado a dois outros, cada um de massa m, por meio de cordas que passam por pequenas polias situadas no mesmo nível à distância 2L uma da outra. Inicialmente a massa M ocupa uma posição equidistante das duas polias e está em repouso. Calcular a altura que a massa M descerá após ser abandonada até atingir o equilíbrio.


Dados do problema:
  • Massa dos blocos suspensos pelas polias:    m;
  • Massa do bloco suspenso entre as polias:    M;
  • Distância entre as polias:    2L.
Esquema do problema:

Adota-se um Nível de Referência (N.R.) a partir de onde é medida a Energia Potencial dos blocos, os blocos de massa m estão apoiados no nível de referência, h = 0, e o bloco de massa M está a uma altura X qualquer (Figura 1-A).

Figura 1

Quando o bloco de massa M é abandonado ele desce uma altura H até atingir uma nova posição de repouso e os blocos de massa m sobem uma altura h (Figura 1-B).

Solução

Usando o Princípio da Conservação da Energia Mecânica
\[ \begin{gather} E_{M}^{i}=E_{M}^{f} \end{gather} \]
Nas situações inicial e final o sistema está em repouso, v = 0, não há Energia Cinética, toda a energia do sistema está na forma de Energia Potencial dada por
\[ \begin{gather} \bbox[#99CCFF,10px] {E_{P}=mgh} \tag{I} \end{gather} \]
Aplicando a expressão (I) para as duas situações
\[ \begin{gather} MgX+mg.0+mg.0=Mg(X-H)+mgh+mgh\\ MX=M(X-H)+2mh\\ MX=MX-MH+2mh\\ MH=MX-MX+2mh\\ MH=2mh \tag{II} \end{gather} \]
Quando a massa M desce a corda aumenta para um comprimento d, que é o comprimento L que havia quando estava na posição horizontal somado ao comprimento h que veio da subida do bloco de massa m (idem para o lado direito).
\[ \begin{gather} d=L+h \end{gather} \]
então podemos obter o valor de h para a expressão (II) acima
\[ \begin{gather} h=d-L \tag{III} \end{gather} \]
Figura 2

Na Figura 2 temos um triângulo retângulo que podemos usar para calcular o valor d do comprimento da corda quando o sistema atinge a nova posição de repouso, aplicando o Teorema de Pitágoras
\[ \begin{gather} d^{2}=L^{2}+H^{2}\\ d=\sqrt{L^{2}+H^{2}\;} \tag{IV} \end{gather} \]
substituindo a expressão (IV) na expressão (III)
\[ \begin{gather} h=\sqrt{L^{2}+H^{2}\;}-L \tag{V} \end{gather} \]
substituindo a expressão (V) na expressão (II)
\[ \begin{gather} MH=2m\left(\sqrt{L^{2}+H^{2}\;}-L\right)\\ \frac{MH}{2m}=\sqrt{L^{2}+H^{2}\;}-L\\ \frac{MH}{2m}+L=\sqrt{L^{2}+H^{2}\;} \end{gather} \]
elevando ambos os lados da equação ao quadrado para eliminar a raiz
\[ \begin{gather} \left(\frac{MH}{2m}+L\right)^{2}=\left(\sqrt{L^{2}+H^{2}\;}\right)^{2} \end{gather} \]

Observação: O termo do lado esquerdo é um Produto Notável da forma
\[ \begin{gather} (a+b)^{2}=a^{2}+2ab+b^{2} \end{gather} \]

\[ \begin{gather} \frac{M^{2}H^{2}}{4m^{2}}+2.\frac{MH}{2m}L+L^{2}=L^{2}+H^{2}\\[8pt] \frac{M^{2}H^{2}}{4m^{2}}+\frac{MH}{m}L-H^{2}=L^{2}-L^{2}\\[8pt] \frac{M^{2}H^{2}}{4m^{2}}+\frac{MH}{m}L-H^{2}=0 \end{gather} \]
colocando H em evidência
\[ \begin{gather} H\left(\frac{M^{2}H}{4m^{2}}+\frac{ML}{m}-H\right)=0 \end{gather} \]
daqui temos duas possibilidades ou H = 0 ou \( \frac{M^{2}H}{4m^{2}}+\frac{ML}{m}-H=0 \), a primeira possibilidade representa a própria situação inicial do problema, da segunda obtemos
\[ \begin{gather} \frac{M^{2}H}{4m^{2}}+\frac{ML}{m}-H=0\\ H-\frac{M^{2}H}{4m^{2}}=\frac{ML}{m} \end{gather} \]
colocando H em evidência
\[ \begin{gather} H\left(1-\frac{M^{2}}{4m^{2}}\right)=\frac{ML}{m}\\ H\left(\frac{4m^{2}-M^{2}}{4m^{2}}\right)=\frac{ML}{m}\\ H=\frac{ML}{\cancel{m}}\frac{4m^{\cancel{2}}}{(4m^{2}-M^{2})} \end{gather} \]
\[ \begin{gather} \bbox[#FFCCCC,10px] {H=\frac{4MmL}{4m^{2}-M^{2}}} \end{gather} \]
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